Bionergética
A Análise Bioenergética trabalha no sentido de resgatar a autorregulação do organismo e a integração dos aspectos físicos, psíquicos, emocionais do ser humano.
Criada e desenvolvida a partir de 1953 por Alexander Lowen, tem suas raízes nos fundamentos teóricos de Wilhelm Reich discípulo de Freud, que se destacou por sua obra psicanalítica e suas pesquisas pioneiras nas áreas da biologia, física, política e antropologia.

De acordo com Reich e Lowen, a história de cada indivíduo está armazenada na estrutura no corpo. Todas as experiências vividas, o impacto das relações da primeira infância e os traumas físicos e emocionais são armazenados e contidos no corpo na forma de padrões de tensão muscular crônica. Lowen, ao aprofundar-se nos estudos reichianos, produziu novos conceitos, como a análise de caráter.
Desenvolveu as bases teóricas para a elaboração de trabalhos corporais, culminando na criação da análise bioenergética. (LOWEN, 2004).
Essa psicoterapia lida com as bases biológicas das neuroses e está centrada nos processos biológicos envolvidos na saúde e na energia que alimenta esses processos, ou seja, se fundamenta na proposta de identidade funcional. (OELMAN, 1988; WEIGAND 1998, 1999; VENTLING 2002; GUDAT 2002).
Com base nestes fundamentos, a análise bioenergética oferece ao psicólogo um instrumental adicional ao trabalho analítico, por meio do uso de exercícios e técnicas que permitem ao cliente alcançar uma profunda compreensão de seus estados emocionais, liberar padrões de tensão e alterar a forma como se relaciona consigo e com o mundo.
No trabalho com psicóticos, a bioenergética contribui ainda para a construção de um corpo, favorecendo o alcance de maior autonomia e capacidade de contato.

"Quanto mais vivo for o corpo, mais vivida será a sua percepção do mundo, mais ativa será sua resposta a ele.
O sentimento de identidade deriva de um sentimento de contato com o corpo.
Para se conhecer um indivíduo deve saber-se o que se sente, o que expressa o seu rosto, como ele de contém e como se move."
Alexander Lowen
Referência: